Estou acabada


Estou muito cabisbaixa, triste, solitária e não tenho nem ideia de como vou começar contar a minha história. Pensei em começar pelo fim, mas vocês não entenderiam muita coisa, ficariam muito confusos, então vou começar pelo começo mesmo.

Meu nome é Gabriela Fasanelli Sanchez, tenho 16 anos, estudo no colégio Rio Branco e curso o 2ºEM. Deve estar achando que eu sou super rica e muito patricinha, mas pelo contrário tenho bolsa integral e não sou tão NERD assim como você deve estar pensando, afinal consegui passar na prova da bolsa, pois fazendo a mesma comigo tinham três pessoas e desses quatro (contando comigo) três passaram. Minha sala era bem grande, tinham 35 alunos e por esse motivo a mesma era dividida em vários grupos. Eu era do grupo das “pop”, fazia muito sucesso, todos os lugares que passava era “xavecada”, porém não dava atenção,afinal eu namorava e devia respeito a isso.

Eu era a única menina do grupo que namorava, meu namorado se chamava Gabriel Biantine Feilor e estava no 3ºEM. Ele era lindo, moreno, alto, olhos claros, era super carinhoso comigo, era romântico e super inteligente, ou seja, tinha todas as qualidades possíveis. A cada dia que passava eu me apaixonava mais por ele, ele estava em meus pensamentos a todo instante. Porém como tudo que é bom dura pouco a minha felicidade estava se esgotando,pois a cada dia eu me via mais longe do meu amado.
Gabriel prestou vestibular e consequentemente passou, a sua vida estava corrida como uma maratona, acordava as 6:00 AM, ia para o serviço, voltava as 6:30 PM e tinha que estar na faculdade as 7:30PM, ou seja, a gente nunca se via, pois final de semana para ele era o dia do descanso e o dia de fazer os trabalhos da faculdade.
A situação chegara ao extremo, eu nem me considerava mais comprometida, afinal eu estava como uma menina solteira, porém não fiquei com nenhum menino por respeito a ele, afinal eu o amava.

No dia seguinte fui para o colégio e vi um menino novo muito lindo, sei que era “comprometida”, porém não estava morta. Descobri depois que a peça rara era da minha sala, fiquei muito feliz - não contei para ninguém, mas não sei por que meu coração batia mais forte, era como se já estivesse apaixonada, sem ao menos conhecer o menino – sabia somente que ele se chamava Vitor.
Ao longo dos dias fui me relacionando melhor com ele. Ele depositara toda confiança, amizade em mim, e eu nele. A cada dia estávamos mais juntos, era como se ele soubesse o que eu sentia por ele e vice-versa. Vitor era loiro, pele clara, alto, olhos verdes, carinhoso, inteligente, amigo... Era para mim um “Deus Grego”.


Eu, no meu interior, sabia o que ele sentia por mim e o que eu sentia por ele, claro que quando alguém falava sobre o assunto eu negava, mas no fundo eu sabia da verdade, e consequentemente lembrava a realidade: Eu não tinha resolvido ainda minha relação distante com o Gabriel, e agora estava dividida, pois sempre amei o Gabriel, mas agora esse Deus Grego me confundira,estava sem chão. Fui obrigada a ligar para o Gabriel e dizer que infelizmente estava tudo acabado, que era impossível viver um relacionamento assim e que estava apaixonada por outro garoto. De momento ele ficou chocado, mas acho que conseguiu compreender depois.
Agora estava livre para assumir o que realmente sentia pelo Vitor, porém não tinha coragem suficiente para isso, não conseguia – e particularmente não consigo até hoje - chegar a um menino, para mim esse papel é deles.

Vitor era muito tímido, não tinha coragem suficiente para chegar a mim, não sei se era receio, ou medo da minha resposta. Porém, um dia estávamos no cinema assistindo um filme romântico,quando ele se aproximou, começou a TENTAR falar algo no meu ouvido, mas a vergonha e o medo o impedira,fui obrigada a virar e dizer que não precisava se preocupar que eu sabia o que ele queria e que por sinal era exatamente o que eu queria. Olhamo-nos por cinco segundos e nos beijamos, foi algo muito bom, um sonho realizado.

O dia seguinte na escola foi tenso, estava muito envergonhada, não conseguia olhar no fundo dos olhos dele, estava com medo. Ficamos separados durante todas as aulas, mas na hora da saída ele me puxou pelo braço e me beijou novamente. Isso se repetiu em quase todos os próximos dias e chegamos à conclusão que estávamos completamente apaixonados um pelo outro e que iria dar certo algo junto.
Começamos a namorar, ficamos juntos dois anos e meio, mas a vida nos separou, hoje vivo nos EUA com meus pais e ele continua no Brasil, porém ele continua sendo meu Deus Grego estará no meu coração para sempre, afinal acho que esse foi o meu maior amor.

Não podemos escolher muito a pessoa, devemos encontrar aquela que nos completa e ficar com ela independentemente do pensamento dos outros, afinal o que vale é o seu pensamento, o que você realmente sente.
Não esqueça que quem muito escolhe pouco tem.


(Thays Ambrogi Barreiro)

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